No apogeu de minhas convicções

No apogeu de minhas convicções

“Um bom pastor é aquele que ajuda, respeita, direciona e cuida do seu rebanho. Para isso é necessário dedicação, conhecimento, regras e muita disciplina, caso contrário haverá desordem e rebeldia, então muitas ovelhas se perderão e o caminho se tornará incerto e perigoso”.
Nos meus 46 anos de vida,tenho observado bem de perto o que é verdadeiramente evoluir perante a espiritualidade e venho adquirindo experiência para poder discernir o certo do errado dentro de meus conceitos espirituais.
Sempre fui muito de escrever, e tenho sido cobrado pela espiritualidade superior a condição de explanar mais sobre minha vivência dentro da Umbanda e, porque não dizer, junto à espiritualidade, sendo que nasci em berço católico. Me deparei estes dias com um irmão em de quem, escutei a seguinte frase: "o dirigente desta casa está sendo linha dura na Umbanda." 
Calmamente o Preto-Velho que me acompanha lhe respondeu: “Fio, não tem linha dura, mas sim SERIEDADE! Saiba que desses companheiros, aqui neste pedaço de chão de terra, é exigida muita seriedade por nóis lá de cima, afinal, lá por cima, naquele pedaço de chão de estrelas, não tem ‘lero lero que também quero’”.
Refletindo sobre essa frase, sobre a Ação Espiritual empregada alí e, claro, sobre a condição e a responsabilidade religiosa dos médiuns, só reafirmo a minha convicção ideológica de que a SERIEDADE É FUNDAMENTAL QUANDO SE TRATA DE ASSUNTOS REFERENTES À ESPIRITUALIDADE. É necessária, portanto, a constante moralidade e disciplina espiritual.
Na Umbanda não pode ser diferente, a Seriedade e a Disciplina devem ser praticadas continuamente. Acredito, inclusive, que um bom sacerdote é aquele que deixa de lado seus desejos humanos e mundanos para pensar primeiramente no espiritual.
Percebo que, infelizmente, o ser humano anda pouco se importando com isso, porque não entendeu ainda que para poder praticar um trabalho religioso espiritual dentro da Lei da Umbanda não basta apenas ter vontade, é preciso deixar de lado as porcarias dos vícios emocionais e mentais e andar para frente, afinal, é logo “à frente” que encontraremos o significado da tão procurada Evolução.
Pai-velho ainda disse: “Nóis aqui deste lado entendemos perfeitamente as dificurdades do povo dessa terra e tentamos dar o nosso meió perto do pior, porém fio, se o chefe do terreiro não tiver purso firme não há tratamento que resorva e nem jeito que dê jeito, pois primeiro temos que lidá com o Ser encarnado que tem o mardito do livre arbítrio, né fio?.
E é com estas palavras tão abençoadas e simples que chego à conclusão de que estamos no caminho certo e de que para fazer parte da corrente mediúnica de Nossa Umbanda o médium tem que ter joelho marcado de tanto ajoelhar. Como diz um grande amigo: “É Umbandista? Então mostre-me o joelho!”
Peço a benção dos mais velhos, aos quais devo muitas das minhas experiências; peço agô a meu Pai Xangô pelos meus erros e peço, principalmente, guarnição ao Guerreiros que comanda Nossos Terreiros. 

Paz e Luz!! 

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